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Quarta Colônia Italiana do RS

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Os grupos da família Rorato que imigraram do Vêneto, norte da Itália para Rio Grande do Sul e São Paulo.

Os Rorato imigraram para o Brasil, em grupos e datas distintas, como descrevemos a seguir e que deram início a saga dos Rorato no Brasil.

O primeiro grupo de família que partiu de Chiarano, Província de Treviso, região do Vêneto, norte da Itália, chegou ao Brasil em 15 de abril de 1887, via porto do Rio de Janeiro, tendo como destino a Colônia de SILVEIRA MARTINS. Do Rio até o Rio Grande do Sul, viajaram no navio “Aymoré”. O grupo era assim composto, com suas respectivas idades de chegada ao Brasil: Maria Gotardo Rorato (1) 65 anos, Filomena Rorato (2) 40 anos, Francesco Giácomo Rorato 36 anos, Maria Pollidoro Rorato 30 anos, Isaco Rorato 27 anos, Eugênia Bonetto Rorato 22 anos, Alessandro Mansueto Rorato 9 anos, Augusto Marcelo Rorato 6 anos, Umberto Domênico Rorato 4 anos, Eugênio Telesforo Rorato 2 anos e Ângela Gracioza Rorato 1 ano. Todos tendo como destino Vale Vêneto. Filomena nasceu em Piavon, Maria Polidoro em Cessalto, Eugenia Bonetto em Salgareda e os outros em Chiarano. (1) Arquivo Genealógico de Nova Palma - RS, confirmados pelo A. H. N. e Projeto Imigrantes Ltda. Filomena: (2) única pessoa do grupo que não encontramos registros. È claro, pois ela imigrou anteriormente com seu marido, em data anterior; veio ao Brasil em 1878, casada com Francesco Druzian.
Constam nos registros que todos eram agricultores. Maria Gotardo era viúva de Ângelo Rorato. Veio junto com seus filhos: Francesco, casado com Maria Polidoro; Isaco, casado com Eugênia Bonetto e os demais filhos; Alessandro, Augusto Marcelo, Umberto, Eugênio e Ângela.
Os registros de entrada no Brasil são os seguintes: Maria Gutardo: A. H. Rio G. do Sul – CODICE 191 folha nr. 37, verso lançamento 1904. Francesco: A.H. Rio G do Sul – CODICE 191, folha nr 35, lançamento nr 1697. Maria Polidoro: A. H. Rio G do Sul, CODICE 191, folha nr 35, lançamento 1898. Isaco: A. H. Rio G do Sul. CODICE 191, folha nr 35, lançamento nr 1895. Eugênia Bonotto: A. H. Rio G do Sul. CODICE 191, folha nr 35, lançamento nr 1896. Alessandro: A.H. CODICE 191, folha nr 37, verso, lançamento 1899. Augusto Marcelo: consta como Marcello nos assentamentos. A.H. Rio G. do Sul, CODICE 191, folha nr 37, verso, lançamento 1900. Umberto: A.H. Rio G. do Sul CODICE 191, folha nr 37, verso, lançamento 1901. Eugênio: A.H. Rio G do Sul CODICE 191, folha nr 37, verso, lançamento 1903. Ângela: Consta na listagem como Gracioza. A.H. Rio G do Sul CODICE 191, folha nr 37, verso, lançamento 1902
O segundo grupo da Família Rorato, provavelmente de San Dona di Piave chegou ao Brasil, viajando pelo navio “Bourgogne”, em 07 de julho de 1887, via porto de Santos, e foram se estabelecer em BACAITAVA, Estado de São Paulo: Maria Conccher Rorato70 anos, Antônio Rorato 52 anos, Giovana Frangin Rorato 50 anos, Luigi Rorato 42 anos, Antônia Calegher Rorato 37 anos, Ângelo Rorato 33 anos, Santa Rorato 20 anos, Regina Rorato13 anos, Cecília Rorato 12 anos, Giovanni Rorato 10 anos, Guglielmo Rorato 8 anos, Maria Rorato 7 anos, Giórgia Rorato 4 anos, Giuseppe Rorato 2 anos, Gaetano Rorato 6 meses e Maria Rorato 1 ano.
(A. H. N.)
Nos registros constam todos jornaleiros como profissão. Pelos dados que obtivemos: Maria Conccher era viúva; Antônio, filho de Maria, casado com Giovana Frangin (filhas Santa e Cecília); Luigi casado com Ângela Calegher (filhos; Regina, Guglielmo e Giórgia); Ângelo, casado com Maria (Filhos Giuseppe e Gaetano) e Giovani era filho de Ângelo.
Os registros de entrada no Brasil foram os seguintes: Maria Conccher: H.SP. Matrícuala imigrantes nr 6, folha nr 73, lançamento nr 45912. Antônio: H.I. SP. Matrícula imigrantes, nr 06, folha nr 72, lançamento nr 45902. Giovana Frangin: H.I.SP. matrícula imigrantes, nr 06, folha nr 72, lançamento nr 45903. Luigi: H.I.SP. matrícula imigrantes nr 06, folha nr 72, lançamento nr 45896. Antônia Calegher: H.I SP. Matrícula imigrantes nr 06, folha nr 72, lançamento nr 45897. Angelo:H.I SP matricuala imigrantes nr 06, folha nr 73, lançamento nr 45906. Santa: H.I. SP matrícula imigrantes nr 06, folha nr 72, lançamento nr 45904. Regina: H.I. SP. Matrícula imigrantes nr 06 folha nr 72 lançamento 45898. Cecília: H.I SP. Matrícula imigrantes nr 06, folha nr 73, lançamento nr 45905. Giovanni; H.I SP. Matrícula imigrantes nr 06, folha 73, lançamento nr 45908. Guglielmo: H.I. Sp. Matrícula imigraantes nr 06, folha 72, lançamento nr 45899. Maria: H.I SP. Matrícula imigrantes nr 06, folha nr 73, lançamento nr 45909.Giorgia: H.I SP. Matrícula imigrantes nr 06, folha 72, lançamento 45900. Giuseppe: H.I SP. Matrícula imigrantes nr 06, folha nr 73, lançamento nr 45910. Gaetano: H.I SP. Matrícula imigrantes nr 06, folha nr 73, lançamento nr 45 910. Maria: H.I. SP. Matrícula imigrantes nr 06, folha 72, lançamento nr 45 901.
(Projeto Imigrantes Ltda.).O terceiro grupo partiu de Chiarano, eram integrantes da família do primeiro grupo, chegou ao Brasil em 03 de janeiro de 1888, viajando pelo vapor “Giulio Mazzino”, com destino a Vale Vêneto na Colônia de SILVEIRA MARTINS. Era formado pelas seguintes pessoas da família com a respectiva idade: Giovanni Batista Rorato 42 anos, sua esposa Tereza Bigaton Rorato 34 anos, Carlota Rorato 16 anos, Celestina Rorato 14 anos, Giachino Rorato 12 anos, Ângelo Rorato 12 anos, Genoefa Rorato 10 anos, Vittório Rorato 8 anos, Benjamino Rorato 5 anos, Frederico Rorato 4 anos e Sílvio Rorato 2 anos.
Giovanni Battista, Celestina, Giachino, Ângelo, Genoefa, Vittorio, Benjamino, Fredrico e Sílvio, nasceram em Chiarano; Tereza Bigaton e Meduna e Carlota em Vicenza. Arquivo Genealógico de Nova Palma – RS e A.H.N.

A informação é que houve um incêndio, o qual destruiu muitos documentos dos imigrantes.
Há relatos dos mais antigos, que um irmão de Giovanni Battista de nome José ou Giuseppe, teria ficado em São Paulo por recomendação médica do sistema de imigração, por haver contraído uma doença, possivelmente uma gripe. Com a perda dos arquivos, conforme descrevemos logo acima, as informações se perderam. Mas, possivelmente Filomena que chegou primeiro ao Brasil, Giácomo, Isaco e Giovanni havia outro irmão, o José. Talvez esta tenha sido uma das causas da morte da matriarca Maria Gottardo Rorato, depressiva por não poder mais ver o filho. Maria faleceu dois anos de sua chegada e tempo depois do desaparecimento do filho.
O quarto grupo dos Rorato chegou ao Brasil, via porto de Santos, em 10 de abril de 1888, viajando pelo vapor “La France”, com destino a CORUMBATAY, Estado de São Paulo. Estão registrados no sistema de imigração como agricultores: Gerolano Rorato (1) 54 anos, Elizabetta Rorato 53 anos, Domênico Rorato 50 anos, Giovanna Luigia Rorato (2) 46 anos, Fortunato Rorato 18 anos, Basílio Rorato 16 anos, Tranquillo Rorato 12 anos, Giovanna Rorato (2) 10 anos e Ernesta Rorato 7 anos. (A. H. N.)
Gerolamo era casado com Elizabetha e tiveram os filhos: Fortunato, Basílio, Tranquillo, Giovanna e Ernesta. Os registros de imigração são os seguintes; Gerolamo: H.I. SP. Matrícula imigrantes nr 10, folha nr 230, lançamento nr 92401. Elizabetha: H.I.SP. matrícula imigrantes nr 10, folha nr 230, lançamento nr 92400. Fomênico: H.I. SP. Matrícula imigrantes nr 10, folha 230, lançamento 92399. Giovana, nada consta em registros. Fortunato: H.I.SP. matrícula imigrantes nr 10, folha 230, lançamento 92406. Basílio: H.I.SP. matrícula imigrantes nr 10, folha 230, lançamento 92402. Tranquillo: H.I.SP. matrícula imigrantes nr 10, folha 230, lançamento 92403. Giovana: H.I. SP. Matrícula imigrantes nr 10, folha nr 230, lançamento nr 92404. Ernesta: H.I. SP. Matrícula imigrantes nr 10, folha 230, lançamento nr 92045.
(Projeto Imigrantes Ltda. RS.)O quinto grupo chegou ao Brasil em, viajando pelo navio “Adria”, 18 de abril de 1888. Desembarcaram via Porto de Santos, em São Paulo, com destino a TATUHY, interior do mesmo estado. Todos constam nos registros como agricultores. Domênico Rorato 50 anos, Giovanna Rorato 45 anos, Giovanni Rorato 27 anos, Giuseppe Rorato 25 anos, Maria Conte Rorato 22 anos, Santa Rorato 20 anos, Isaía Rorato 19 anos, Giovanna Rorato 11 anos e Santo Rorato 1 ano. (A. H. N.)
Domênico era casado com Giovanna, que tiveram os filhos: Giovanni Battista, Giuseppe e Isaía. Santa era enteada de Domenico.
Maria Conte casada com Giovanni Battista, cujo filho se chamava Santo. Os registros de entrada deste grupo são os seguintes: Domenico: H.I SP. Matrícula imigrantes nr 10, folha 173, lançamento nr 90549. Giovanna: H.I SP. Matrícula imigrantes nr 10, folha 173, lançamento 90550. Giovanni: H.I. SP. Matrícula imigrantes nr 10, folha 173, lançamento nr 90551. Giuseppe: H.I. SP. Matrícula imigrantes nr 10, folha 173, lançamento 90552. Maria Conte: H.I. SP. Matrícula imigrantes nr 10, folha 173, lançamento nr 90554. Santa: H.I. SP. Matrícula imigrantes nr 10, folha 173, lançamento nr 90556. Isaía: H.I. SP. Matrícula imigrantes nr 10, folha 173, lançamento nr 90556. Giovanna: H.I. SP. Matrícula imigrantes nr 10, folha 230, lançamento nr 92404. Santo: H.I. SP. Matrícula imigrantes nr 10, folha 173, lançamento nr 90555.
O sexto grupo chegou no Brasil, viajando pelo navio “F. Raggio” e desembarcaram em Santos no dia 24 de janeiro de 1896. Também ainda não sabemos a origem, de que localidade do Vêneto procedeu, mas o destino no novo país foi SÃO PAULO-S. P. O grupo era formado por apenas um casal jovem, agricultores, sem filhos, a procura de um futuro melhor, que imaginavam para a América. Eram: Mariano Rorato e Carlotta Rorato, de 25 e 23 anos respectivamente. Os dados são do Arquivo Histórico Nacional.
Registro de entrada de Mariano - H.I.S.P. Matrícula Imigrantes nº 52, folha 215, Lançamento nº 41. Registro de Carlotta: H.I. SP. Matrícula imigrantes nr 52, folha 215, lançamento nr 42.
( Projeto Imigrantes –RS).O sétimo grupo foi o último de sobrenome Rorato, também de agricultores, que imigrou para o Brasil. Isto aconteceu em 02 de janeiro de 1897. Desembarcou do navio “Gottardo” em Santos, com destino a GUABIROBA, São Paulo. Nos registros constam como agricultores. Antônio Rorato 41 anos, Mattilde Rorato 29 anos, Ernesto Rorato 7 anos e Madalena Rorato 1 ano.
Mais Gente: Constatamos também, que aqui chegou uma senhora chamada Augusta Rorato, nascida em Chiarano, em 10 de junho de 1849. Casada com Domênico Meneghel (filho de Osvaldo Meneghel e Caterina Felipeto) nascido em Prata - PD, no dia 14 de outubro de 1846. O casamento ocorreu em Chiarano, no dia 23 de fevereiro de 1870. Do casamento resultaram os seguintes filhos: Filomena, nascida em 17 de novembro de 1870, em Chiarano; Maria, Luigia, Domênica Zelinda e Celindo Luigi, todos em Vale Vêneto. Vieram de Prata - PD. Estabeleceram-se em Vale Vêneto.
(Livro Povoadores da Quarta Colônia, de Righi, Bisognin e Torri.)Há relatos que possivelmente mais duas mulheres com o sobrenome Rorato, casadas com dois Giacomini, chegaram à região de Vale Vêneto.
Na Colônia Jaguari, onde a imigração estendeu-se de 14.09.1888 a 29.08.1906, neste período foram mais de 6.800 imigrantes, inscritos, registrados no Códice AS 290. Nos registros consta que Ângelo Casagrande (n. 125), italiano, 51 anos, casado com Antônia (Rorato) Casagrande, (n. 126), italiana, 51 anos, entrada e estabelecimento 20.09.1888; lote 280 (Linha 5, 25 ha. 155$000), título: 1.9.1892; lotes urbanos 2 e 3, da quadra 46. De solteira Antônia Rorato, Faleceu com 72 anos de idade em 13.7.1907; foi sepultada no cemitério de Jaguari (Ob. II p.28, n.23). Ângelo Casagrande e Antonia Rorato tiveram três filhos, que vieram juntos da Itália. O primeiro, Giuseppe Casagrande, (n. 127), italiano, 22 anos, casou com Margherita Righi, filha de Bortolo Righi e de Luigia Basso, em 22.2.1892 (casamento I, p.15). O segundo filho, Giovanni Casagrande, (n.128) italiano, 20 anos e o terceiro Ângela Casagrande (n. 129), italiana, 18 anos, casou com Andréa Pasquotto (n.198, AS 290) em 27.2.1892 (Cas. I p.17).
( Livro Gênese da Colônia Jaguari, de José Newton Cardoso Marchiori.)Em São Paulo também há relatos que senhoras com sobrenome Rorato, ao se casar na Itália, usaram o sobrenome do marido na imigração, não aparecendo nos registros deste sobrenome.