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Quarta Colônia Italiana do RS

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

FÉ E RELIGIOSIDADE

A fé era que mantinha o povo com esperança de vencer as adversidades dos tempos da colonização. E desta fé surgiram as vocações religiosas.

Era ainda Brasil - Império. Depois de cruzar o Atlântico chegaram ao destino. Aqui formaram núcleos com nome de localidades e províncias italianas, como Vale Veneto, Val de Buia, Val Varones, Val Fetrina, Nuovo Treviso, entre outros. Por aqui era muita mata e precisava ser desbravada, para o plantio e produzir os alimentos necessários para a sobrevivência bem como as habitações.
Desde a chegada os imigrantes sentiam falta dos padres e dos sacramentos, das obrigações religiosas e das pastorais, que tinham na Itália. Não queriam visitas esporádicas ou periódicas de padres e sim que tivessem permanentemente com os colonizadores no cultivo da fé e da esperança. Clamaram ao Bispo de Porto Alegre e através de sua liderança, conseguiu angariar dinheiro e trouxeram os primeiros padres da Europa.
Os imigrantes necessitavam muito da presença espiritual. A fé era a forma que encontravam para sobreviver às adversidades, que não eram poucas na época.
Os padres palotinos foram os primeiros a chegar na 4ª Colônia. Aliás, Vale Veneto é o berço dos padres palotinos no Brasil, onde foi construído o primeiro seminário para vocações.
A fé e a religiosidade eram grandes nas famílias, que era quase que normal nas famílias ter alguém, moço ou moça em alguma instituição religiosa.
Assim não foi diferente com nossa família.

O imigrante Agostinho Marcelo Rorato, que chegou ao Brasil com seis anos de idade, agora moço, foi despertado pela fé cristã e após muito estudar foi ordenado como padre, na ordem de São Vicente Palotti.

Clique AQUI e conheça a história do Padre Agostinho Rorato.

Além do Padre Agostinho, mais tarde filhos e netos de imigrantes como o Padre Ilvo, que hoje exerce suas funções em Belo Horizonte-MG.

PADRE ILVO SANTO RORATTO
Sacerdote, escritor e admirador da obra do Diácono João Pozzobom e da Mãe Rainha Peregrina.

Sacerdote palotino, nasceu em 21 de novembro de 1933, é natural de Restinga Sêca. Entusiasmado pelo Pe. Agostinho Rorato, como conta, foi ao seminário. Cursou os seminários palotinos e bacharelou-se em Filosofia. Desenvolveu trabalhos de educador e formador e trabalhos na CNBB, CRB e FASE. Na vida pastoral foi Missionário em Manaus (AM), Juína (MT), em Ariquenes, Porto Velho e Alto paraíso (RO). Atualmente reside em Belo Horizonte (MG). Foi reitor provincial de 1978 a 1980, em Santa Maria. Pertence à Academia Douradense de Letras e publicou vários livros. Também gravou com o Musical Os Peregrinos, fitas K7, com missas, canções, hinos e orações.
Foi muito amigo do Diácono João Pozzobon, o qual lhe dedicou um livro: A Maravilhosa Obra de Um Homem a Pé, toda esta obra escrita em belos versos. É defensor fervoroso da Campanha do Terço da Mãe e Rainha e da Obra Internacional de Schoenstatt. Foi ordenado no dia 8 de junho de 1961, em Ivorá, num dia muito frio e chuvoso. Devido ao inverno, escolheram o dia 30 de setembro de 2001, para celebrar os 40 anos de sacerdócio, com uma missa festiva em São João do Polêsine. Mas, no domingo da comemoração, choveu muito forte, ocasionando enchente no município. Na apresentação do livro sobre seu amigo João, relata passagens de sua família; “Quando era criança, ouvia falar do Hotel Noro em Restinga Seca, hotel que tinha pertencido ao seu João Pozzobon. Meu tio Ângelo Roratto, meus irmão Oscar e Otávio contavam que, nas carreteadas, gostavam de se hospedar no hotel do João, pois o mesmo tinha um irmão chamado Guido que transportava arroz descascado do Moinho dos Alberti para Restinga Seca. Naquele tempo tudo era feito a muque de boi”.Ainda relata; “Meus pais eram compadres do pai de João. Meus irmãos foram catequizados em Ribeirão, pelo jovem catequista João. Meus avós Buriol eram vizinhos de terras e roças da família Pozzobon. A mesma água da Sanga Funda servia para as duas famílias”.Conta ainda na sua apresentação: “Minha mãe Genoveva Buriol Roratto contava que, vizinhos de terras, faziam belas cantorias, unindo as famílias.... Era o tempo das belas tradições coloniais, quando os gringos cheios de saudades da Itália, se uniam em mutirões de roças e estradas em terços, novenas, devoções....”. Continua seu relato, dizendo; “Meu avô João Buriol era mestre- de- canto e dirigia o coral de Ribeirão, capela famosa pelas festas religiosas, pelas alfaias e paramentos, pelos sinos bem tocados pelo Paganotto, pelo missa ïn tértio”, com célebres oradores sacros, como Pe. João Iop, Pe. Fioravante Trevisan e Pe. Pedro Luiz Botari....” E, o seu relato na apresentação de seu livro em homenagem ao amigo devoto João, de suas vidas em comum, de fé, religiosidade e peregrinação. A obra A História Maravilhosa de Um Home a Pé, tive o prazer de conhecê-la no 2º Encontro da Família, em 2001, em Vale Vêneto, no qual autografou-me um exemplar de sua bela obra.

O jornal “A Intergração” de Restinga Seca, no seu nº 82 (5 a 12 de outubro de 2001), com a manchete “Pe. Ilvo Roratto comemora 40 ans de sacerdócio”, destaca o seguinte: “O padre Ilvo Roratto comemorou, no domingo, dia 30 de setembro, os seus 40 anos de sacerdócio. Foi realizada uma missa festiva na Igreja Matriz de São João do Polêsine. O padre ordenado no dia 9 de julho de 1961, em Ivorá, mas, devido ao inverno, escolheu o mês de setembro para comemorar os seus 40 anos de sacerdócio. O padre é natural de Restinga Seca,, e, atualmente, está trabalhando em Belo Horizonte, Minas Gerais. Em, São João do Polêsine, ele também participou das atividades realizdas pelos romeirops vindos da Argentina, e informou que, dentro de poucos dias, estará publicando um livro de poemas, em homenagem aos cinqüenta anos da campanha do terço. O livro terá como título” A maravilhosa obra de um homem a pé.”....

A família Trevisan (César Trevisan e Maria Helena Rorato) de Santa Maria, era muito fervorosa e religiosa, despertaram vocações para o sacerdócio como os irmãos Padre Lauro e Padre Vítor.

Em Três de Maio-RS., está sepultada no Cemitério Municipal, na área destinada a Congregação do Sagrado Coração de Jesus a Irmã Maria Roratto, que por muito tempo trabalhou nesta cidade, onde a congregação mantém um colégio e um hospital.

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